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terça-feira, 25 de junho de 2013

Tudo igual, de um jeito diferente...

 
Fase de descobertas, principalmente de si próprio. Andei pensando muito esses dias, e em meio aos fatos, crio teorias. Sei lá, acho que é só uma forma que eu encontro de tentar fazer as coisas terem algum sentido, pelo menos dentro da minha cabeça. Ai comecei a observar crianças, bebês mesmo, e por instantes me senti como eles. Não em tamanho, não em mentalidade, mas na arte da descoberta, do crescimento.

Me sinto como uma criança aprendendo a andar. A cada dia eu levantando um pouco, aprendendo a me equilibrar e a manter o peso (físico e mental) sobre as minhas pernas. Vou me esticando, levantando a cabeça como um gigante acordando. Abrindo os braços, procurando equilibrio. No inicio confesso que preciso de ajuda, alguém que te de a mão e vá na frente mostrando como se anda, ou até falando: "Vem até a mamãe", também vale. Estou começando a andar de novo. Tem momentos de transições na nossa vida que temos que aprender tudo que já aprendemos antes de maneira diferente. Hoje, eu aprendo a andar de maneira subjetiva, tenho que andar para os meus desafios, para o mundo, para as responsabilidades, para a vida em si.

Me sinto como uma criança aprendendo a falar. Como se as palavras que saíram da minha boca até então foram de alguém que eu desconheço. Estou aprendo a falar, e a principalmente pensar antes de tal ato. Que isso em si que é o mais difícil. Saber a hora certa de falar cada coisa. Com o passar do tempo você vai modificando o seu vocabulário, enriquecendo seus pensamentos, corrigindo suas imperfeições linguísticas e até, vejam você, sua própria voz acaba mudando. Começando soltando breves rugidos, em seguida, pronunciamos silabas soltas, até formar palavras cortadas.. O processo é árduo, é preciso que repitam as palavras o tempo todo. A vida segue essa sequência. Você vai reaprendendo. Como se fosse matéria da escola, tudo começa com o dois mais dois e quando você vai ver , a matemática se tornou uma bola de neve, um bicho de sete cabeças e você tem que modificar seu conceito de matemática. A base é a mesma, a a vida vai ficando tão gigante que perdemos a noção de onde podemos chegar...

Me sinto como uma criança, como um bebê que acabou de nascer. Acabei de abri os olhos e só enxergo gente estranha, lugares estranhos.. Por que me tiraram de lá? Por que eu tenho que ir para esse mundo feio? Nascendo de novo. Mesmo processo. Me sinto tão pequeno e indefeso quanto naquela época. A diferença é que a agora eu não tenho mais todo o tempo do mundo, para aprender a falar, andar, crescer com paciência e com colo. Agora é assim, na marra. Ou vai, ou foi! Vai aprender na dura. VIVENDO! Por que agora você nasceu, nasceu pro mundo de gente grande e aqui, você aprende quebrando a cara.

Bem vinda, pequena criança!

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