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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Vale mesmo a pena sonhar?


Certa vez meu Pai me disse que sonhava em ser dentista quando era mais novo, que resolveu vir para o Rio de Janeiro para poder estudar para conseguir entrar na faculdade. Só a vida levou ele para outros rumos, por outras praças e ele desistiu do seu sonho. Acabou construindo outros sonhos, conquistando outras coisas, trabalhando com outra área. Hoje meu Pai é microempresário. Tem prazer em trabalhar com comércio e se encontrou na profissão, viu que ele realmente tem jeito para a coisa. E sempre que eu olho para ele, pergunto para mim mesma, como ele estaria se tivesse seguido seus sonhos. 

Minha mãe a mesma coisa. Sonhava em ser aeromoça. Viver viajando, ser totalmente independente e morar longe de todo mundo, poder construir a vida dela nas nuvens. Só que, de novo, a vida levou ela para outros rumos, para outras praças e ela desistiu do seu sonho. Fez e refez milhares de vezes outros sonhos. Promessas quebradas, vida modificada, planos que fugiram do roteiro. Minha mãe hoje é professora. Ela me diz que é feliz com as escolhas que fez, mas sempre que olho para ela penso que ela poderia ter sido muito mais feliz. Felicidade é relativo, sei e canso de escrever isso aqui. Mas você vê no brilho do olhar que falta alguma coisa, acho que no caso da minha mãe o que falta é as nuvens que ela deixou passar. Mas enfim, meus pais não são os únicos exemplos que eu vejo/escuto de pessoas que desistiram dos seus sonhos, seguiram pro outros rumos. Alguns foram mais felizes do que pensavam, outros fadados a serem eternamente infelizes e rabugentos. 

Ai fico pensando, em que momento deixamos de acreditar nos nossos sonhos? Será que é quando as coisas ficam difíceis? Quando recebemos nosso primeiro não? Quando falta recursos? Quando todo mundo é contra? Sinceramente não sei. Eu sempre fui extremamente sonhadora. Então, para mim esses itens ai fazem parte da vida de quem escolhe sonhar e todo mundo deve estar ciente disso quando se aventura nesse caminho sem volta. Será que meus pais tiveram medo? Também não sei, e nem quero perguntar. Prefiro me basear nas dúvidas do que em uma certeza decepcionante.

Seguir nossos sonhos nunca foi certeza de felicidade, mas acho que se isso faz o seu coração pulsar, é o caminho certo. E o meu pulsa, pulsa forte. Como o dos meus pais deve ter pulsado um dia. Assinar a folha em branco do seu sonho e sair em buscar das linhas para preenche-la não é fácil. Mas eu quero correr o risco. Por mim, essa sonhadora nata que tem sede de sonhar, e pelos meus pais também, para que eles nunca se esqueçam que o sonho tem força e que ainda vale a pena insistir naquilo que se ama.

Espero que você também não desista, que persevere no seu sonho até a última gota. Sonhar alimenta a alma, e pelo menos a minha vai estar sempre bem alimentada. Prevejo dias difíceis e momentos turbulentos. Mas depois da tempestade, vem o sol, junto com o arco-íris  e essa parte da história todo mundo conhece, é sempre feliz!


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