Páginas

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Estou indo.. Já fui!


Pintei as unhas de preto nessa madrugada, estou saindo. Nem adianta me mandar mensagens, deixei o celular desligado. Não siga minhas pistas, não tente decifrar meus enigmas, não tente me entender. Apenas me deixe! Minha mochila nas costas e o mundo ai fora. Medo e coragem são linhas paralelas, finas e frágeis. Eu ando com força sobre elas, danço no perigo. Sigo meus instintos até o final, e seguindo eles, me vou. A maquiagem mais forte, o lápis de olho borrado e o batom escuro. Tudo isso faz parte da máscara, máscara de forte, que uso até me convencer que sou realmente assim. 
 
Já li uma vez que é difícil aprisionar aqueles que tem asas, então acho que sou filha de passarinho com borboleta. Nasci para voar. Rodar esse céu azul, e o tempestuoso também. Gosto da sensação de liberdade, do frio na barriga e de poder fazer as escolhas que quero, escolher o rumo que as minhas asas devem seguir voou. Deixar minhas unhas descascarem, só para colocar o preto mais forte de novo no lugar. Vou até o fim, preciso ver no que dá. Um dia eu volto, com histórias na mala, e, quem sabe, uma definição melhor do que é viver. Enquanto isso, vou me equilibrando na coragem e no medo. Buscando sempre um pouco de coragem em cada noite de medo.

Não quero jogar o jogo do cotidiano, não quero essa onde de "nascer assim e ser sempre assim", cada dia sou uma, uma melhor, uma pior. Já mudei de opinião, de gostos e chega de me auto conhecer! Não me venha com um questionário de Proust. Só vou sair por ai, andando pelas ruas, sem destino, sem rumo, sem casa, apenas eu e minha mochila em busca de algo que ainda não sei bem o que é.. Mas me coração me diz que é o certo. Então eu sigo, enquanto ele pulsar, o sigo!

E antes que pergunte, não temo o erro, nem a decepção, nem o fracasso. Eles fazem parte, são blocos dessa enorme composição chamada vida. Se, por acaso, pegar um caminho errado, volto e mudo o trajeto, pego um atalho, mas me recuso a viver todos os dias iguais reclamando da vida, me recuso a ser infeliz e me recuso a pesar a vida das pessoas ao meu redor. Posso ter as unhas pretas, a maquiagem forte, o ar de marrenta, mas o sorriso, esse você sempre encontrará no meu rosto. E isso é a única coisa que tenho certeza nisso tudo. Agora, com a minha mochila nas costas e meus tênis sujos, é hora de ir...


Nenhum comentário:

Postar um comentário