Já quis ser tanta coisa nessa minha vidinha, já sonhei com tanta coisa, já fiz e desfiz tantos planos..
Quando eu tinha 6 anos queria ser dançarina, até que eu consegui por um tempo. Foi o primeiro plano que eu fiz e que funcionou de verdade. Mas não durou muito tempo. Logo minha vida de dançarina foi encerrada, meu ballet deixado de lado e minhas sapatilhas aposentadas. Pouco anos depois quis ser atriz, entrei em curso de teatro, agência e vi que não era bem isso que eu queria...
Durante a minha infância fui de tudo. Cada brincadeira eu me transformava em algo incrível. Em umas fui heroína, outras brinquei de ser adolescente, já fui professora, mãe, cozinheira, cabeleleira e afins. Aos meus 9 anos comecei a trabalhar de verdade, mesmo que fosse uma grande brincadeira para mim, comecei fazendo bijouterias para vender, lembro que fazia uma mais linda que a outra, caprichava em cada detalhe. Pouco tempo depois abri um salão de beleza no meu quarto, peguei todos os produtos de beleza da minha mãe e abri um estoque, com tabela de preço e tudo na porta. (ela que não gostou muito da ideia), mas como dizem "O que vale é a intenção".
Nos meus 11 anos, voltei a praticar jazz e lembro que foi nessa época que minha primeira aspiração de futuro veio firme na minha cabeça "ESTABILIDADE". No caminho que eu fazia, toda segunda, quarta e sexta pro jazz, tinha um apartamento amarelinho, tinha uma sacada com porta de vidro e eu sempre que passava por ali, desejava morar em um lugar assim, desejava morar ali, de qualquer jeito. Me imaginava acordando de manhã e abrindo aquela sacada. Tempos depois descobri que o meu encanto não era necessariamente com o apartamento e sim com a estabilidade de ter o meu canto, com a minha cara. O tempo foi passando e fui sonhando sonhos maiores.
No fim do ensino fundamental quis fazer administração e ter algum negócio meu (claro, que esse pensamento foi muito influenciado pelo meu Pai), mas ainda bem que eu não passei na prova e não fiz a maior burrada da minha vida. Fui crescendo e conhecendo mais sobre mim, meus gostos, minha personalidade e foi mais fácil descobrir o que eu realmente queria.
No início da adolescencia, quando eu finalmente sai da toca e fui conhecendo a cidade maravilhosa - que eu vivi por anos e raramente andava por ela - fui me apaixonando pelos prédios e pelas formas que eles tinham. Decidi que queria fazer arquitetura. Depois decidi fazer Engenharia, só para ganhar muito dinheiro. E claro, que nada disso foi para frente.
Depois de muita análise, teste vocacionais, consultas na internet.. Em uma conversa paralela, como obra do acaso, surgiu as palavras: "Publicidade e Propaganda". Me encantei. Enfim, estava decidido! Mas também sou encantada pelo Jornalismo, o jogo das palavras. E também amo um montão de outras coisas.. E foi ai que eu percebi que eu sou tudo isso. Todos os sonhos que eu sonhei, todos os desejos que eu quis. Tudo sempre foi pensando no melhor para mim, na minha realização própria. Pode ser que amanhã tudo isso mude de novo. Mas vou encontrando soluções, métodos de me achar no meio da minha confusão.
Afinal, ninguém sabe ao certo no que é bom, até provar para si mesmo que é bom. Confuso né? Sei lá, acho que somos bons em um monte de coisas e isso tudo que confunde nossa mente. Escolher algo para fazer o resto da sua vida é responsabilidade demais para ser tomada tão facilmente. Hoje, estou mais segura do que eu quero e do que eu pretendo. As opções são menores, os gostos mais seletos. Porém, certeza é algo difícil de ter, na vida toda.
Pretendo amar o que eu vou fazer, pretendo fazer o melhor possível. Pois os sonhos, a gente faz, refaz e faz de novo.. Quantas vezes for preciso. Pra ser feliz. vale qualquer parada!
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