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terça-feira, 21 de maio de 2013

400km e um coração.


Abro a janela de manhã e São Paulo acordou molhado. A chuva da madrugada passada não molhou apenas a cidade, molhou mais ainda aqui dentro. Estou indo embora e deixei meu coração em uma determinada rua dessa agitada metrópole.

Quando cheguei no terminal rodoviário me senti uma criança sozinha, perdida, indefesa, olhando todo aquele mundo de gente grande ao meu redor. Afinal, é quase isso né? Acho que eu ainda sou essa criança. Falando nisso, preciso registrar, nunca gostei dessa palavra "terminal" - mesmo que para ônibus - isso me lembra que chegou ao fim, término. E fim, nunca me faz feliz. Por que não pode ser apenas "rodoviária"? Mesmo sabendo que nesse caso é um até logo. Meu sub consciente não entende isso. Ele só processa o acabou, e quer ficar, ficar, ficar e fazer dessa rotina um presente (literalmente), e não mais um sonho que dura 15 dias.

Aiiii... Como dói deixar tudo que você ama. Metade de um lado, metade de outro. Não têm jeito de juntar tudo, oras? E eu fico no meio desses 400km tentando ser inteira nos dois lados. Um coração que fica divido em tudo que amo, e dentro de mim só o buraco, a falta, a saudade.

Mas a história está apenas começando. E tenho certeza que vai ter final feliz. Que espero que logo. Logo, logo! Tchau, SP! Até breve!


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