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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Aquela que acredita no amor.


Talvez eu não devesse ler tantos romances. Talvez eu não devesse ouvir tantas músicas tontas sobre amor. Talvez não deve acreditar em contos de fadas. Talvez não devesse sonhar em um amor para a vida toda. Talvez eu ainda seja uma antiquada com princípios do século passado. Talvez eu não devesse sonhar tanto. Talvez não devesse confiar nas pessoas. Talvez. Talvez. Minha vida é cercada deles. Mas não vou abdicar dos meus "talvez's" por certezas que me tornaram amargas e desiludida. Prefiro ser essa peça rara, boba e romântica que ainda ainda perdida por esse mundo, procurando alguma coisa que eu não sei bem o que é. Amor, talvez. Entrega, paixão, vida. Talvez tudo aquilo que eu sempre quis. Hoje não ando mais com pressa, sei esperar as voltas e revoltas da vida. Uma hora a roleta da sorte para no meu nome e aquelas músicas começam a fazer sentido. 

Talvez a vontade de fazer diferente em um cenário tão cotidiano seja o que me move. Ser a surpresa de uma rotina. Como aquele sol que nasce no meio da chuva. Como aquele abraço em uma momento difícil. Ser alívio, ser força. Talvez minha vontade de poder mostrar meu lado mais frágil e sensível, me permitir ser dócil e fraca sem medo ou vergonha. Talvez tirar a máscara que automaticamente colocamos no rosto quando decidimos crescer e encarar o mundo dos problemas de cabeça erguida. Talvez minha vontade de cuidar, de ter alguém que precise de mim. Não como a vida, mas que precise porque quer precisar. Como se escolhesse pousar, podendo voar. Posso ser apenas uma romântica idiota, que vai quebrar a cara por amor umas 30 vezes e daqui a 10 anos vai estar escrevendo um texto feminista e independente. Mas por hoje, é o que sou, é o que quero.

Não brigue comigo por isso. Cresci influenciada pelos filmes da Disney, promessas de família feliz e músicas de amor embaladas por um bom sertanejo. Não acho que amar seja escolha, amar talvez seja o resultado delas. Quando você busca o amor, mais ele correr de você. Obstáculos, desencontros. O amor não gosta de procura, ele gosta de achar. E te acha não importa onde você esteja. Pelo menos assim que li nos livros. Uma vez eu tentei achar o amor, e foi a destrambelhada história de um quase amor. Entendi que não são assim que as coisas funcionam. O amor tirou sarro de mim, mas sei que ele não me esqueceu. Uma hora ele me acha, enquanto isso, página 122 do meu livro que me espera.. 


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