Páginas

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Ainda sinto. Sempre sentirei.


Foi como um terremoto. Ou um furacão. Todas aquelas sensações e sentimentos que estavam domesticados dentro do meu coração, esquecidos em um canto, vieram a tona com toda força que se pode esperar, para me lembrar que não é tão fácil assim te esquecer. Pelo contrário, deve ter escrito em algum lugar que te esquecer é impossível. E deve estar escrito lá também que seu sorriso me desarma não importa quanto tempo passe. Parece que o tempo não passa, cada vez que eu te vejo é como a primeira vez. E vem aquele velho filme na minha cabeça, aquela história que conhecemos muito bem e que sempre achamos que sabemos o final, e ai vem a vida e coloca mais uma vírgula no ponto que já havíamos dado.

Parece que o universo conspira e fazemos questão de jogar tudo isso pela janela. Eu faço! E me declaro culpada por isso. Não me reconheço quando a questão é você. Perco a fala, o chão, o ar, a compostura e até o senso do ridículo. A única coisa que eu não perco é o maldito medo, medo de falar tudo o que eu sinto. Seu abraço continua quente, forte seguro. Um lugar que eu gostaria de morar, e ficar para sempre. Pena que sempre tenho que te soltar e fingir que gosto de tudo desse jeito em que está. Parece filme, ou uma história que arranca suspiros e lágrimas de quem ouve, mas para quem sente, aqui dentro, tudo isso, não se trata de uma história de amor, se trata de uma história de desencontros propositais e burrice.


Eu sempre banco a fortona, a decidida e a bem resolvida, mas quando estou frente a frente com a chance de fazer as coisas darem certo, sou como uma criança, indefesa, sem saber o que fazer, com medo. Porque me sinto assim quando estou com você? Porque seu sorriso faz meu coração sair pela boca? A lua estava lá no céu de prova do quanto eu queria.. Mas algo mais forte que eu sempre me impedia, como se fosse o destino, lutando contra o universo. E eu ali, com os sentimentos na mão, o coração jogado no chão, esperando a briga acabar para decidir o que fazer. Tarde demais. Perdemos todos. Não há vencedor. Não há final feliz. Só uma longa confusão, como sempre, minha vida cheia delas. E ponto.

O que posso afirmar é que não vou te esquecer, e que talvez, um dia, eu ache graça dessa história toda e do que eu sinto. Talvez conte para os meus filhos um dia sorrindo, lembrando de tudo o que passei, e talvez lhes revele que você foi meu primeiro amor, um pouco não correspondido, mas talvez aquele que me fez acreditar que esse sentimento existe e que um dia ele vai me completar. Talvez nunca mais te veja. Mas você vai para sempre viver, aqui, bem aqui, dentro de mim.

Ouvindo: Skinny Love - Birdy

Um comentário: